Sinta-se em casa...

Eu quero beber a sua alma!
Sentir o seu sabor embebido em mistério...
Consumir a linguagem e
amargar a saliva no fel imaginário!

quinta-feira, 25 de abril de 2019

DOR



Eu tenho uma dor dentro do meu peito...
Que arde e se alastra pelos condutores do meu corpo.
Sinto a pele erigir,
As veias dos meus olhos saltam...
Estatelados observam os movimentos alheios.
Sentem o frigir dos dentes,
Numa sintomática de revelia à imaginação do que seja.
Eu sinto a dor ser pertinente e insistente.
Corrói minhas entranhas.
Sinto os nós do contratempo no estômago...
O medo me aflige,
Retraio-me,
Fecho-me em concha e ouço as lamentações.
De sobressalto me ergo,
Olho ao redor e vejo os transeuntes coloridos...
Suas caras fechadas fitam o próprio umbigo...
Ninguém percebe a dor alheia,
Que é sintomática e própria.
Por mais que se assemelhe a sua dor é única e pessoal.
Meu tempo se esvai e quando percebo a dor,
Que parecia dor, se transformar...
Em linhas delineadas de lamento.






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